saio do mar no momento exacto em que sinto a onda a formar avalanche de maremoto. o recuo das águas dão o sinal de alarme e contrario a corrente num esforço de andamento forçado pela escolha. encravam-se os pés na maré subitamente vaza e todos os cascalhos da terra-chão se revoltam no impedimento da jornada. bátegas de seixos sem dono se enredam em torno das pernas molusco. cabos de energia sugam-me as forças num retorno à origem placêntica das águas profundas, onde o sono é tranquilo. sem retorno. sem contemplações, prometo vestir o sal de oposto e anular em contra-corrente a catástrofe eminente na saída.
4 comentários:
olá
desculpa a entrada...recebi este comments anonino do Porto...com a seguinte missiva:
Anónimo disse...
O Paúl dos Patudos tem um conterrâneo muito interessante: Entre sol e as brumas.
Faça-lhe uma visita e deixe recado.
Sou amigo de uma e conhecido de outra; gosto do que ambas escrevem.
Sem blog
17:56:00
ps: ja tenho recebido muitos comments 100 100tido, mas este ...eheheheh
...a contracção última de sair antes de corte umbilical se realizar... doloroso talvez, mas é vida de viver...
Dois beijos infinitos e muita ternura
PS: tenho vindo no tempo que foge, hoje disse-lhe que fosse embora ou viesse o tempo de ter tempo de saborear. Saudades.
Nem sempre é fácil sair... do mar.
Belíssima imagem!
Beijinho
cheira a praia aqui :) um beijo.
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