despojo-me entre as horas do dia do silêncio da noite. o sol veio aquecer o corpo permeável à brisa fina e cortante que trespassa a pele e esquina os ossos de hérnias. viajo para longe por atalhos que perderam a memória viva. percorro sem gps os recantos escusos das rotundas. retorno ao ponto de partida para de novo encetar caminho. desbravo os sulcos onde a água teima em escorrer caudais de estrada antiga. leito sumido no mapa de escala reduzida pelo estar tão perto o que se ausenta. desmedida articulação de gestos calados por espelhos côncavos. circuncisão da boca no porto das assimetrias. proporções irregulares pernoitam no corpo da geometria e minam as formas em raios de som inventados no sonho que rasga a pleura do pensamento.
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