reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

domingo, janeiro 27, 2008









saio do mar no momento exacto em que sinto a onda a formar avalanche de maremoto. o recuo das águas dão o sinal de alarme e contrario a corrente num esforço de andamento forçado pela escolha. encravam-se os pés na maré subitamente vaza e todos os cascalhos da terra-chão se revoltam no impedimento da jornada. bátegas de seixos sem dono se enredam em torno das pernas molusco. cabos de energia sugam-me as forças num retorno à origem placêntica das águas profundas, onde o sono é tranquilo. sem retorno. sem contemplações, prometo vestir o sal de oposto e anular em contra-corrente a catástrofe eminente na saída.



4 comentários:

fj disse...

olá
desculpa a entrada...recebi este comments anonino do Porto...com a seguinte missiva:


Anónimo disse...

O Paúl dos Patudos tem um conterrâneo muito interessante: Entre sol e as brumas.
Faça-lhe uma visita e deixe recado.
Sou amigo de uma e conhecido de outra; gosto do que ambas escrevem.

Sem blog

17:56:00


ps: ja tenho recebido muitos comments 100 100tido, mas este ...eheheheh

Unknown disse...

...a contracção última de sair antes de corte umbilical se realizar... doloroso talvez, mas é vida de viver...

Dois beijos infinitos e muita ternura


PS: tenho vindo no tempo que foge, hoje disse-lhe que fosse embora ou viesse o tempo de ter tempo de saborear. Saudades.

Anónimo disse...

Nem sempre é fácil sair... do mar.
Belíssima imagem!

Beijinho

Anónimo disse...

cheira a praia aqui :) um beijo.