reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

segunda-feira, julho 30, 2007



Por trás dos reposteiros ( novos, que Verão implica mudança para mim) distendo-me do calor abrasador que ferve o sangue de quem trabalha lá fora. Que posso eu fazer? Solidarizo-me. Do ar condicionado fica a secura das mucosas infiltradas em carvão, pulverizado por Slims que para mal dos meus pecados, não largo. O trabalho nas minas é duro! O país serve-se lento, longe das sestas assumidas, perto da languidez da produtividade, a meio-gás, que, A Gosto, vem a caminho pausa merecida para a maioria dos portugueses. Que o diga Paulo Portas que promete feroz oposição para Setembro, que agora com este calor não dá jeito nenhum. Façamos uma pausa que o tempo é de navegação nos iates onde todos(?) somos praticamente amigos...de bebidas estupidamente frescas e de roupas leves e corpos bronzeados e assim...


Entretanto no Jardim fresco, que possuímos(?) algures há "um bicho-carpinteiro que vai moendo a Madeira por dentro"e raspando o que não lhe convém para o "contnente". Já que esta coisa dos referendos aborta facilmente nas águas atlânticas, desde que não seja um escorrega tipo Aqua-show de euros . Que as leis da República se aplicam a todo o território nacional, tinha eu certeza em mim, mas parece que o calor me afectou o sistema neurológico ou estou mesmo a viver na república dos bananas, que se vão refrescando com gelados, batidos de fresco álcool e salada de frutas oxidada pelas temperaturas altas lá de fora e mornas águas de interno descontentamento.


Eu fico assim! Irónica e de garra afiada, desde que deixei de roer as unhas e passei a usar endurecedor e vernizes. Qualquer dia deixo de fumar, passo a roer as unhas novamente e mostro a psicopata que há em mim.

4 comentários:

CPrice disse...

hilariante este .. ;)

beijo

Anónimo disse...

Está fun-tástico!

Anónimo disse...

Que bem escrever... entre navegações e bichos-carpinteiros, o calor da escrita só não afectou a vontade de rir com tanta ironia e bom humor... Não me leve a mal, se quiser deixar de fumar, acho que faz muito bem, mas deixe as unhas quietas. É pessoal sim, não gosto de ver mãos de senhoras com unhas roídas. Parabéns e obrigado pelo bom momento.

Unknown disse...

Estou solidária até ao sistema imunológico!!!
Entre as portas que dilatam com o calor e as bananas da Madeira que parecem muito rijas, sobretudo quando adornadas com outros legumes mais socráticos e filósofos, oriundos do contnente.... Sugeria-lhe, humildemente, que deixasse as unhas por roer e o fumo por inalar (sugestão subscrita pelo Herói) e aplicasse a verba num presente ou num futuro presente dedicado a si.

Entretanto...

deixo dois beijos (já se sabe de quem são...)