reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

quinta-feira, julho 05, 2007


Estico com o olhar o lençol escuro que percorre a planície. Da janela aberta de mim para o mundo, hoje cheira a Verão . Na borda d'água coaxam batráquios lançando no ar o retinido cheiro a lamaçais quentes. O bordo alaranjado do horizonte entre pinceladas de azul e salpicos de luzes promete manhã luminosa e tecidos leves entrelaçando os corpos na vida. Sinto uma leveza curtida no ar morno que me invade e a brisa sai de mim em lufadas de vapor sereno.

Ponho o "cavalo" no estábulo e ajeito-lhe ração de ânimo. Amanhã recomeçamos. Agora é tempo de sentir.

4 comentários:

Anónimo disse...

Sempre um texto a fazer pensar! Bonito!

Joaquim Moedas Duarte disse...

Sou do Ribatejo (Alpiarça, embora não viva lá. Mas de vez em quando regresso, passo, passeio, demoro o olhar.
O seu texto fez-me "sentir" aquele ar...
Obrigado

Inês Leitão disse...

tempo de sentir.

Unknown disse...

Sentir de viver. Obrigada...

Um beijo do Herói e meu