doem-me as pálpebras nos muros fechados, sangram as pétalas nas retinas murchas, agridem-me as palavras sufocadas no mar revoltoso que me encharca a garganta. queimam-se a carvão os traços desenhados no sonho sem sono. só noite. uiva o vento desdenhando o verão em templos perdidos sem si. chilreiam as folhas verdes entre os ramos secos que me ofereces e busco no ninho a asa partida. perdida. solta do corpo e dorida no ventre que se expande em volúpia adormecida. sabia. sei. do teu medo de saber a verdade corroída sem norte. perco-te nas poucas palavras que me dás. sem vida. seco e incho de dor. desmedida.
1 comentário:
Sensibilidade, dor, solidão, desamparo... E aquele olhar de (a)mar...
Lindo!
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