reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

terça-feira, março 20, 2007


Passa o tempo naquele ritmo alheio a nós e às nossas vontades. Deixa-nos ali no meio do caminho sem perceber que perdemos o ritmo, que a inércia nos esgotou o andar. Trôpegos nos sentimos sem perceber se o certo é acelerar na continuidade, se parar para retemperar forças, se olhar para trás e ficar por lá num recanto mais temperado de harmonia.
Vai daí, vem aquela bolha de vida que nos faz efervescer e acreditar que ainda é tempo de inovar, de nos transcendermos apesar de tudo desmoronar à nossa volta como um castelo de cartas, novinho em folha mas frágil no equilíbrio.
Rápidos como felinos agarramo-nos à agitação impressa e emergimos do fundo de nós, atravessamos desertos para encurtar caminho, refrescamo-nos em óasis que surpreendentemente nos surgem do nada, imprimimos velocidade e tenacidade ao andamento e criamos spinoffs inimagináveis de rejuvenescimento e liberdade.
Enganos, verdades, reencontros, renovação...vida!

3 comentários:

Anónimo disse...

deveras reconciliador este texto. ainda bem que vim agradecer-lhe a visita e as suas palavras. fez-me bem ler ;) agradeço sinceramente e desejo uma boa noite. beijinhos *

Nilson Barcelli disse...

A vida deve ser encarada o mais possível dessa forma.
Este teu texto é brilhante. Parabéns.
Beijo.

CPrice disse...

"às vezes mais vale voltar atrás .. que perder-se no caminho" .. fantástica a maneira como "arrumou" estas palavras sinedoque :) os meus parabéns !