reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Da viagem... RembrandtHuis
O moleiro que gostava de pintar. E da tintas fez farinha que amassou com toda a dedicação, fermentada em inúmeras telas reconhecidas, hoje, como obras de um dos maiores génios da pintura de todos os tempos. Foi rico aos trinta, morreu na pobreza, incompreendido pela burguesia a quem não se vergava e gostava de afrontar.
Vi o seu quarto, a sua cama pequena, sua cozinha, seu habitat. No seu atelier senti-lhe o frémito da paixão pela pintura. No cavalete ficou uma tela a meio. Não esta que registo aqui, que não foi a que observei. Mas as fotos que tirei ainda não estão reveladas! Teimosia de alguns que às novas máquinas digitais preferem as antigas, demorando as fotos a chegar às minhas mãos!
Casa Museu, sim! Viva. Com visitas regulares a um pequeno atelier onde se ensina, a alunos de todas as idades, a técnica da serigrafia.
Dos quadros gosto de lhe sentir a ironia, a irreverência do seu modo de ver, o gosto pela retrato psicológico em detrimento do físico, o que conseguiu brilhantemente, daí a sua ruína e desgraça económica, que das outras também foi profícua a sua vida.
Goste-se ou não do género é inegável a precisão fotográfica do seu traço, a pureza da cor e da luz, da noite e do trágico. E da gargalhada sarcástica que enfeitava a visão.

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