
Jangada de pedra
Num pequeno país à beira-mar plantado soltou-se, um dia, uma “jangada de pedra” que entrou mar dentro.
Perdida no imenso oceano, a pequena rocha, sofrendo os efeitos da erosão das vagas, foi-se fragmentando até se formarem nas suas reentrâncias pequenas praias de areia fina e branca.
No seu interior, edificaram-se colinas de enorme beleza. Vales e encostas foram-se delineando e, bem no centro, uma pequena mas densa floresta agigantava-se.
Nos dias mais ensolarados avistava-se como um regalo para os olhos de alguns navegantes que por ela passavam.
Certo dia, um marinheiro passou por ali e encantou-se por aquela pequena ilha. Passou a chamar-lhe “a sua ilha”.
Algumas vezes ancorou naquelas praias e pôde desfrutar das suas belezas naturais, atreveu-se mesmo a entrar na densa floresta e penetrar nos mais recônditos jardins escondidos, onde a água corria mansamente, onde havia cascatas de prazer e onde a vida parava.
Mas atracar ali não era fácil! O porto seguro ficava noutras paragens e o marinheiro pensando na sua ilha, ia adiando o regresso desejado. A pequena ilha, saudosa do seu amado, estendia as suas arribas mar dentro para chegar mais além. Mas em vão!
Os dias passaram, os anos passaram, e na ilha foram-se formando tempestades, tufões, tremores de terra que foram desfigurando o seu aspecto inicial.
O calor da saudade despertou no seu interior uma enorme explosão e, no coração da ilha, surgiu um vulcão.
Aproveitando a tumultuosa ocorrência, a ilha arquitectou, com o magma fundido, uns braços feitos de rocha para que o seu doce apaixonado pudesse ancorar no seu regaço de forma segura e tranquila.
Não se sabe se terá conseguido o seu objectivo ou se ainda se encontra no meio do mar de braços abertos à espera que o amor aconteça.
Perdida no imenso oceano, a pequena rocha, sofrendo os efeitos da erosão das vagas, foi-se fragmentando até se formarem nas suas reentrâncias pequenas praias de areia fina e branca.
No seu interior, edificaram-se colinas de enorme beleza. Vales e encostas foram-se delineando e, bem no centro, uma pequena mas densa floresta agigantava-se.
Nos dias mais ensolarados avistava-se como um regalo para os olhos de alguns navegantes que por ela passavam.
Certo dia, um marinheiro passou por ali e encantou-se por aquela pequena ilha. Passou a chamar-lhe “a sua ilha”.
Algumas vezes ancorou naquelas praias e pôde desfrutar das suas belezas naturais, atreveu-se mesmo a entrar na densa floresta e penetrar nos mais recônditos jardins escondidos, onde a água corria mansamente, onde havia cascatas de prazer e onde a vida parava.
Mas atracar ali não era fácil! O porto seguro ficava noutras paragens e o marinheiro pensando na sua ilha, ia adiando o regresso desejado. A pequena ilha, saudosa do seu amado, estendia as suas arribas mar dentro para chegar mais além. Mas em vão!
Os dias passaram, os anos passaram, e na ilha foram-se formando tempestades, tufões, tremores de terra que foram desfigurando o seu aspecto inicial.
O calor da saudade despertou no seu interior uma enorme explosão e, no coração da ilha, surgiu um vulcão.
Aproveitando a tumultuosa ocorrência, a ilha arquitectou, com o magma fundido, uns braços feitos de rocha para que o seu doce apaixonado pudesse ancorar no seu regaço de forma segura e tranquila.
Não se sabe se terá conseguido o seu objectivo ou se ainda se encontra no meio do mar de braços abertos à espera que o amor aconteça.
4 comentários:
E quantos braços abertos esperarão pelo grande amor da sua vida, quantos braços já cansados acabaram por quebrar, quantos braços descansam enganados como se já tivessem conseguido?
Será que a vida só faz sentido se esta busca se mantiver, seja do amor ou de mais ainda?
Ainda bem que você continua a sua busca alimentada por essa vontade de escrever.
Há "ilhas" que nunca conseguirão esticar os seus braços para alcançar os outros. Pior para elas...
Somos assim inquietos e insatisfeitos. A procura de algo é nunca nos darmos por vencidos e nunca "descansar os braços enganados".É deixarmos de ser ilhas transformando-nos num continente de braços e de abraços.
Sempre julguei ser um bom escritor, até os meus pares me laurearam, mas eis que surgindo do nada emerge este blog onde surge um texto que a principio pensei ser um plágio da minha escrita. Mentira, afinal o plagiador sou eu. Que sublime a maneira de descrever a ilha dos meus sonhos, nem a minha melhor escrita, segundo alguns até dizem bem chata de ler, consegue mostrar como pode ser bela a imaginação. Quase que dá vontade de ser marinheiro e deixar de pertencer à máxima que em cada porto uma namorada, e dedicar-se em exclusivo à exploração dessa ilha prometida
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