reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

segunda-feira, novembro 24, 2008

nada que escreva me agrada. queria ser poeta e não sou. verbalizar os dias cheios de abril. sacudir ao vento as emoções. carregadas nas nódoas do olhar. nos arco-íris que visito sem folgas. diariamente. mostrar o meu tesouro escondido a sete chaves. ter um museu com visitas gratuitas só de palavras escritas nas paredes. e desenhos. muitos desenhos. desenhos com olhos que falassem. e almofadas. muitas almofadas espalhadas no chão, onde se sentassem a beber canecas de chá com aromas tão definidos que não fosse preciso perguntar a essência. onde se contassem histórias à lareira que crepitassem faúlhas do sono humano. onde houvesse aquela poção mágica que dá clareza às mentes e saúde aos corpos. queria um museu assim. uma casa aberta para todas as idades. com asas nas janelas e botas de sete léguas nas portas. hoje aqui, amanhã mais adiante. naquela curva do tempo. a sorrir do ido e a respirar futuro. queria ter esta casa. onde todos os que entrassem fossem felizes para sempre como nas histórias de infância. não por alienação ou ingenuidade. mas por aprenderem a sublimar a vida. a vivê-la como magia. a acreditar que o impossível acontece. de bom e mau. mas haverá sempre alguém em quem vale a pena acreditar.

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiito!

Palavras para quê?


bjs da Lelé

CNS disse...

Podemos sempre acreditar que há sempre alguém em que possamos acreditar.

beijo

CPrice disse...

e para a ler minha Amiga vale sempre a pena esperar ..

Parabéns *
Um beijo terno

Anónimo disse...

Como eu queria entrar no teu museu. Foi um prazer encontrar a tua escrita.