reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

quinta-feira, agosto 07, 2008



abri agora mesmo a boca para o céu. muito. pronta a engolir o universo num trago. num trago não. ficaria com sóis a mais no peito e eu gosto de brilhar só de vez em quando. ficaria com planetas a mais na barriga e eu gosto de olhar deste os que a minha vista alcança. ficaria involuntariamente com gases a mais na alma e eu gosto de me expelir só quando a companhia o merece. primeiro engolia o azul. fazia-me mar. polvilhava as nuvens de açúcar. enrolava-as no eixo da terra e sentava-me à sombra verde de um chaparro a lambuzar-me de orvalho doce. depois comia o chaparro. dormia a sesta e seria alternativa ao alqueva.



1 comentário:

Unknown disse...

Sublime!
Que sede e fome da simplicidade no Infinito... ou de um Infinito de simplicidade...

Um beijo e um xi duplo ;)))

Não sendo Cupido, que a flecha é certeira do Herói no bastidor da Amizade, e como alvo os braços onde apetece "enroscar-se" e ronronar...