
abri agora mesmo a boca para o céu. muito. pronta a engolir o universo num trago. num trago não. ficaria com sóis a mais no peito e eu gosto de brilhar só de vez em quando. ficaria com planetas a mais na barriga e eu gosto de olhar deste os que a minha vista alcança. ficaria involuntariamente com gases a mais na alma e eu gosto de me expelir só quando a companhia o merece. primeiro engolia o azul. fazia-me mar. polvilhava as nuvens de açúcar. enrolava-as no eixo da terra e sentava-me à sombra verde de um chaparro a lambuzar-me de orvalho doce. depois comia o chaparro. dormia a sesta e seria alternativa ao alqueva.
1 comentário:
Sublime!
Que sede e fome da simplicidade no Infinito... ou de um Infinito de simplicidade...
Um beijo e um xi duplo ;)))
Não sendo Cupido, que a flecha é certeira do Herói no bastidor da Amizade, e como alvo os braços onde apetece "enroscar-se" e ronronar...
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