O equinócio aconteceu e esperados são os rasos voos das aves que nos visitam num casamento perfeito com autóctones de condomínios privados nos beirados com janela e nos telhados com observatórios sobre as vastas redondezas.
As cegonhas aprisionaram-nos o país e dão-se bem mesmo nas estações de fuga. Abastece-nos de beleza vê-las lançarem-se em planagens longas e sedutoras, tal não fosse a elegância com que cruzam os ares mas, ver um enorme bando de flamingos cruzando o Tejo, juro ter sido a primeira vez que tal me aconteceu. Não fossem as bandas sonoras da estrada assinalarem perigo de desgovernada condução e da berma me teria aproximado com prejuízo impensável. Tal a surpresa e a sublimidade da emoção.
Registar o momento em fotografia foi coisa que não consegui, mas garanto que tenho ainda os olhos lavados daqueles rasgos de plumagem rosada, pernas e postura de manequim.
1 comentário:
estive, desde que me comentou, a ouvir a música entre o sol e as brumas ;) e acabei agora de ler o seu poema. são razões para me fazer dormir melhor esta noite ;) um beijinho grande * (obrigada)
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