reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

terça-feira, julho 10, 2007



Passam rostos, tocam-se mãos, trocam-se olhares, soltam-se risos, ideias, conceitos. Na nata dos dias ficam vagas ou profundas vontades de saber mais de quem se cruzou connosco na vida. Alguns, vivem ali diariamente, partilhamos os mesmos espaços, mas não vivem em nós. É como se as sementes não germinassem pela falta de nutrientes, salobridade distante que impede a fecundidade, manta-morta desnutrida em salgadiço terreno.

Outros alimentam as relações na distância como se presentes diários nos enviassem ao ser. Vêmo-los como ocasos na solidão, sabê-los é ter companhia certa e, dos momentos vividos no plural, fazem-se festas que nos animam as ausências.



2 comentários:

CPrice disse...

idem idem .. aspas aspas .. mais uma pérola amiga sine .. :)
Beijinho

Anónimo disse...

não te conheço, imagino-te apenas, mas....mas a maneira como escreves é um bichinho traquina que faz pensar!
delicia...