reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

quinta-feira, abril 12, 2007


Não há ausentes sem culpa nem presentes sem desculpa. Verifiquei há muito que quando iniciei este blog, lhe dedicava algum do meu tempo, diariamente. Escrevia com alguma disciplina, lia muitos dos meus pares, alguns com uma admiração que ainda hoje professo, num amadorismo viçoso de aprendiz interessado. Hoje verifico que da elasticidade do tempo, que em desatino persigo, fica a constatação que do tanto que há para fazer, porque sim e por prazer, algo tem de ficar para trás. E este humilde recanto de mim fica, por vezes, aqui ao deus dará, sofrendo um mofo de ideias que rejeito. Gosto de ar fresco, de brisas suaves, de odores quentes e vibrantes , de lembranças que me emocionem, de gargalhadas saudáveis, da ternura dos gestos, da mordaz crítica social, do desabafo e do enlaço, o que nem sempre consigo transparecer. Gosto de blogs com ritmo, com vida ...
Aos poucos que passam por este beco que na lezíria do Tejo faz poiso, ficam as culpas assumidas e as desculpas desejadas.

7 comentários:

Anónimo disse...

Aprendi que esta vida de blogueiro tem seus ciclos e que se o tempo é curto, sempre sobra para o pobre do blog... fico triste sempre que demoro a publicar algo novo, mas sei que a culpa por não fazê-lo é pior, então relaxo e deixo que os problemas abram espaço para a criatividade. Sei que perdi muitos leitores por ter passado mais de mês sem colocar online nenhuma texto, mas sempre há o retorno... Ademais, se não vamos lá fora respirar, como traremos novidades para cá?!
Abraços.

CPrice disse...

se de cada vez que se ausentar nos brindar com um "pedido de desculpas" deste nível .. está perdoada! (sorrindo)
Beijinho

Anónimo disse...

Ser escrava da escola não lhe basta? Os seus fiéis visitantes não lhe aplicam coimas, por ausência de comunicação!
A não ser que o 1º ministro considere que essa pode ser mais uma maneira de diminuir o dédfice.
Jinhos

Enfim... disse...

concordo contigo, quando iniciei este meu blog dedicava-lhe imenso tempo, estava entusiasmada mas ter um blog é facil mante-lo é que nem por isso, digo isto e falas e bem á blogs que são uma seca, dps de um dia de trabalho apetece sim dar uma boa gargalhada e tal mas isto cada um faz as coisas á sua maneira não é verdade

Bjokas vou voltar

Nilson Barcelli disse...

Cada um faz o que pode e quer.
Eu já escrevi um post por dia. Depois passei para dia-sim-dia-não.
Agora, 1 a 2 por semana e já não é mau. Acho que encontrei o meu ritmo...
A propósito das lezírias, há tempos alguém me disse que eu acabava os meus poemas como os toureiros terminam a lide (a pé). Dou o último lance, definitivo, e viro costas. Tú, com essa vivência toda das lezírias, vês essa imagem nos meus poemas?
Beijos.

sinédoque disse...

carecone, meu amigo presente(duplo sentido) desde a primeira hora, nesta aventurazinha fora de portas...há tanto para respirar lá fora!À medida que vou envelhendo vou descobrindo-me mais e apreciando melhor a vida.Tanta coisa que aprendi a saborear depois dos quarenta!
bj

once in a while, obrigada pelas palavras amáveis e estou a seguir encantada a viagem a Barcelona.
bj

Lelé, um abraço com toda a cumplicidade de permeio e até amanhã, bem cedinho, no local habitual.
bj

enfim, obrigada pela visita e irei visitar o teu blog...logo,logo!
bj

Nilson,quem te definiu assim não está nada longe daquilo que sinto ao ler-te. A emoção, o bailado nobre e puro das palavras, a entrega a que levas quem te lê,a beleza e a riqueza das metáforas, tudo se assemelha à destreza do toureio...e quando já nos rendemos à lide tu terminas com a certeza da estocada que nos deste e deixas-nos ali boquiabertos e com os sentidos ao rubro.
Um bj poeta

Anónimo disse...

querida sinedoque. agradeço as palavras que ontem escreveste no meu blog. e mais te digo que é com ternura que o faço. e sem nenhuma culpa ;) um grande beijinho. bom fim de semana.