reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Virados do avesso por um "vira-latas" qualquer

Vêmo-los nascer. Bolinhas de pêlo com olhos ternos.Chichis por todo o lado, cocós por aqui e por ali, esfregona na mão, ralhete pronto na ponta da língua e eles de rabinho a dar a dar vêm ter connosco prazenteiros e descarados e nós...rendêmo-nos!
Têm vida de príncipes alguns, acarinhados e amados como seres humanos nunca serão. Alinham na brincadeira, e nós temos para eles brinquedos-ossos, brinquedos-bolas... brinquedos-vida são eles que nos escutam, nos interrogam, nos fintam, nos testam, nos chantangiam e nos contagiam com aquela graça quadrúpede que se vai aninhando em nós.
Por eles "perdemos" noites e desdobramo-nos em cuidados: visitas regulares ao veterinário, vacinas em dia, desparasitante embuçado em mimos gastronómicos para alívio deles e nosso . Dos passeios matinais ou de fim do dia fica a compensação de ver a excitação e a alegria desmedida com que nos indicam a porta de saída como se da casa percebessem melhor que nós.
Depois quando sabemos que há quem os abandone, ficamos assim , sem perceber como é que alguém pode ser tão insensível e cruel.

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