reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

sábado, novembro 11, 2006


S. Martinho- da lenda à vida

«Martinho de Tours (São) -Bispo de Tours (n. actual Szambatkely, Hungria, 316 ou 317- m. Candes, França, 8.11.397).

Filho de um oficial do exército romano e nascido num posto militar fronteiriço, após estudos humanísticos, em Pavia, aos 16 anos entrou para o exército quando já a sua vontade o inclinava a fazer-se monge (aos 10 anos inscrevera-se como catecúmeno).

Em breve ganhou fama de taumaturgo.Em Amiens, provavelmente em 338, durante uma ronda nocturna no rigor do Inverno encontrou um pobre seminu: não tendo à mão dinheiro para lhe valer, com a espada dividiu ao meio a sua clâmide que repartiu com o desconhecido.

Na noite seguinte, em sonhos, viu Jesus, que disse:"Martinho, apesar de somente catecúmeno, cobriu-me com a sua capa."

Recebeu o baptismo na Páscoa de 339, continuando como oficial da guarda imperial até aos 40 anos. Abandonando a vida castrense, foi ter com Sto. Hilário de Poitiers, que lhe conferiu ordens sacras e lhe deu possibilidade de levar vida monacal: nasceu, assim, o famoso Mosteiro de Ligugé.

Eleito, por aclamação, bispo de Tours, foi sagrado provavelmente a 4.7.371.Ardente propagador de fé, fundou, em Marmoutier, um mosteiro donde sairam notáveis missionários e reformadores. Demoliu templos pagãos e levantou mosteiros como sustentáculos da evangelização.

Humilde e pacífico, manteve a sua independência perante o abuso da autoridade civil.O fascínio das suas virtudes radicadas na generosidade do seu zelo, na nobreza de caracter e, sobretudo, na sua bondade ilimitada mantida para alem da morte na prodigalidade dos seus milagres, magnificamente descritas pelo seu discipulo Sulpício Severo, fez com que S. M. T. fosse durante muitos séculos o santo mais popular da Europa Ocidental. A sua memória litúrgica é a 11 de Novembro.»


Oliveira, Alves de- "Martinho de Tours (São)", Enciclopédia Luso- Brasileira de Cultura, vol. 13 (Editorial Verbo)

2 comentários:

Anónimo disse...

J'ai le mal de St. Martin... o bacalhau estava salgado e agora é que são elas!

sinédoque disse...

Amiga maria castanha, o sal é nosso inimigo, mas as migas com balhalhau são tão saborosas e gulosas que não conseguimos resistir, eu sei. O fiel amigo precisava de demolha generosa, na sua ausência ficamos com os interiores a reclamar.

Bj