reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

domingo, outubro 29, 2006

Metamorfoses

À meia-noite fico assim...voo noite dentro!
Procuro luzes no escuro
sinais, sons de vida que me acalmem
vagueio à toa no silêncio das palavras escritas
e elas gritam-me sem dó
destroem , corroem, ressuscitam do nada
voláteis invadem-me
percorrem-me
doem-me.
Lamelas de sonho na retina aberta
do nunca a terra encantada
enxergada, vazia
fria
mergulhos de silêncio em rosto cismado
desencantado
mistura de lua com maresia fresca
refresca
enxerto exíguo de asas brilhantes
me pousam nos ombros
elevam-me o ser
e eu sem descanso adormeço.

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