reflexos de vida no silêncio espelhado da água. fragas de vidro em descontinuidades do olhar ...

quinta-feira, fevereiro 28, 2008



foges na rua estreita onde caminhas. procuras saídas a cada esquina lúbrica. soltas as asas perras de medo no beco onde te escondes. voo circular na altitude do chão barrento. perpetuas a desdita no desassossego que investe contra ti desconhecendo que é de ti que renasce a cada mão estendida de sol. serenas só. no tormento fungam-se as costas vulcânicas das garras. sente-se o querer no não saber o quê e pernoitas na soleira da porta caída de vagas ininterruptas de desordem. pressentes o perigo na proximidade e aprisionas no escuro o lado brilhante. como se o brilho fosse vergonha. como se os olhos fossem pecados e o coração órgão infesto. aprendes do braille os sinais de fogo e fúria. em acto desumano cegas-te.



2 comentários:

CPrice disse...

não infesto mas vezes demais .. indefeso :)

Mais um brilho, mais uma pérola e eu sem mais palavras para lhe dizer que gosto *
Beijinho

Anónimo disse...

sinais de pura luz, querida sinedoque :) beijinho, alice