Se se percorrem veias e artérias segundo monitorizados esquemas de localização; se de seringas se extrai o suco que dirá das mil e uma funções o estado geral corpo; se da engenharia genética nos chegam maravilhosas monstruosidades; se em manómetros e micras visitamos moléculas de DNA, se da vesícula se extrai a pedra sem necessidade de expor o órgão, por que raio, afinal, não se poderá retirar a "pedra" da loucura para alívio do paciente e de quem padece por osmose?
Dos tempos medievais vem a crença da extracção da tenebrosa lápide de sepulcro da razão. Impede a visão da realidade, dos seus contornos e vê-la assim desfocada sem apreciação que se louve, apresentarem-na aos nossos olhos por retinas de ópticas ilusórias e paranóicas, sem possibilidade funcional de reclamarmos a lógica do raciocínio é coisa de difícil aceitação.
Criam padrões de desconfiança e suspeita constantes, de modo que os motivos dos outros são interpretados como malévolos. Negam a existência da doença e qualquer tipo de ajuda. Contrariá-los é aumentar a revolta e a fúria que têm contra o mundo.
Distúrbios de personalidade, insanidade que floresce como um campo de tulipas negras que se multiplicam por bolbos envolvendo em camadas cada vez mais espessas e escuras o que um dia foi luz.
4 comentários:
venho com um cestinho de amores perfeito amarelos e lilases. a ver se as tulipas levantam voo daqui *
beijinho grande.
Obrigada,são os meus preferidos!
Um beijinho Alice
O meu cesto traz mesmo só umas margaridas... simples, mas alegres e bonitas!
Apesa da sua frágil aparência e singeleza, são capazes de embelezar o recanto mais feio do nosso quintal.
Lelé
...e como os nossos quintais são semenhantes!
Obrigada pelas margaridas, são lindas!
Acredito que seja assim, com muita ternura, que conseguirei evitar a disseminação das túlipas.
Um beijinho
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